Ben Lowe 2020-cropped

Conheça o novo Diretor Executivo Adjunto d’A Rocha Internacional

A Rocha Internacional tem o prazer de anunciar a nomeação do Reverendo Doutor Ben Lowe como seu Director Executivo Adjunto. O Ben mudou-se de Singapura para os EUA quando era adolescente e vive presentemente na Florida. Ele está envolvido na família d’A Rocha desde há muitos anos, mais recentemente na posição de Conselheiro Sénior do Diretor Executivo. Fizemos-lhe algumas perguntas que achámos que o nosso público gostaria de saber.

1. Diretor Executivo Adjunto – o que faz uma pessoa dessas?

Haha! Quanto espaço tens para esta resposta?! Basicamente, vou trabalhar de perto com o nosso Director Executivo Simon Stuart, o nosso Conselho de Administração e o resto dos diretores para ajudar a dirigir A Rocha Internacional e apoiar o bom trabalho que as nossas equipas estão a fazer. Isto inclui gestão, angariação de fundos, planeamento estratégico, muitas orações, e muito mais! Também estou com muita vontade de continuar a aprofundar o meu envolvimento nos projetos d’A Rocha em todo o mundo e conhecer pessoas com quem ainda não tive a oportunidade de me encontrar e trabalhar.

2. Conta-nos algumas das experiências de vida que te equiparam para esta função.

Por ter crescido e trabalhado em vários contextos culturais, geográficos e comunitários, fico muito entusiasmado por conhecer e promover a grande diversidade de pessoas e de trabalho da família d’A Rocha em todo o mundo. Além disso, há muito tempo que é minha missão – pessoal e de vocacional – unir a fé com a conservação e a ciência, quer como pastor ordenado da Aliança Cristã e Missionária, quer na minha pesquisa de doutoramento sobre as dimensões humanas e religiosas das alterações e conservação do ambiente.

3. O que gostas mais de fazer quando não estás a trabalhar?

Passar tempo com os amigos, seja na água, ao redor da fogueira, ou com boa comida! Eu também gosto de tudo o que tenha a ver com peixes; os meus sentimentos sobre peixes são semelhantes aos que Simon Stuart tem relativamente aos anfíbios e muitos d’A Rocha em relação às aves.

Por favor, junte-se a nós ao pedirmos a Deus pelo Ben e darmos-lhe as boas-vindas à sua importante posição de liderança, que assumirá no início de fevereiro.

Elephants on farmland - ARIn

O risco de mortalidade para elefantes e humanos

A Região Ecológica Bannerghatta-Hosur no sul da Índia, que se estende desde o Parque Nacional Bannerghatta até ao Santuário de Vida Selvagem de Cauvery Norte e ao matagal de Hosur, é uma zona crítica para a migração de elefantes. A urbanização e perda de habitat obriga muitos elefantes a viajar através de assentamentos humanos e terras agrícolas, o que inevitavelmente aumenta os conflitos entre humanos e elefantes. Às vezes, isso significa a morte.

Um estudo d’A Rocha Índia concluiu que há registo de 153 mortes de seres humanos e 69 mortes de elefantes na região entre 1980 e 2020. Usando os relatos de mortes de elefantes e mortes de humanos por elefantes recolhidos entre registos do Departamento Florestal, artigos de jornal e publicações científicas, eles examinaram as razões por trás das variações nas baixas.

Por exemplo, a maioria dos conflitos entre humanos e elefantes teve lugar em setembro, quando as culturas agrícolas estão perto da colheita e os elefantes são mais propensos a aventurar-se nas terras agrícolas em busca de alimento.

As mortes humanas ocorreram quando os agricultores tentaram proteger as suas culturas. Por exemplo, muitos agricultores colocaram cercas elétricas ilegais ao redor de suas terras para darem uma descarga mortal aos elefantes invasores. Como resultado, a electrocussão foi a principal causa de mortalidade dos elefantes.

Nesta parte da Índia, muitas pessoas não têm acesso a instalaçóes sanitárias. A maioria das baixas humanas registadas no estudo ocorreu no início do dia ou depois do anoitecer, em encontros acidentais entre elefantes e pessoas que estavam a fazer as suas necessidades na floresta ou a apanhar lenha.

Há muitos anos que A Rocha Índia tem vindo a trabalhar no sentido de proteger os elefantes e educar os agricultores que vivem perto do Parque Nacional Bannerghatta. O estudo demonstra não só como este assunto é complexo, mas também o significado do trabalho d’A Rocha nesta região.

Leia o artigo científico em inglês: Ranganathan, Ekadh & Krishnan, Avinash. (2021). Elephant and Human Mortality in the Bannerghatta-Hosur Landscape, Southern India. Gajah 54. 30-33.

Foto: © A Rocha Índia

A black weed bag of composted weeds, garden sieve for grading compost, and a bag of potting mix

Inovação em Auckland: cultivar plantas saudáveis e biodiversas e manter os parques infantis fora dos aterros sanitários

O Nicholas Mayne é um voluntário d’A Rocha Auckland e uma das duas pessoas que gerem os viveiros comunitários na Rede Ecológica do Alto Waitematā. As inovações abundam: manter as plantas saudáveis reutilizando tapetes de parques infantis, transformar os resíduos vegetais em composto vegetal e promover a recolha ecológica de sementes biodiversas.

O viveiro comunitário Unsworth Reserve, na costa norte de Auckland é um frenesim de atividade. O Nicholas pode estar a plantar árvores nativas ou a peneirar manualmente o composto orgânico para separar a mistura e remover quaisquer caules restantes. O processo produz um solo bastante rico e inclui muitas vezes um tesouro escondido: sementes nativas, que o Nicholas recolhe cuidadosamente.

A proveniência e a genética das sementes são fundamentais. O eco-sourcing é a filosofia do cultivo de plantas nativas da mesma região ecológica em que serão plantadas. O Nicholas segue este princípio, mas nota as suas limitações: as sementes que se encontram à venda são frequentemente colhidas da fonte mais fácil, o que pode acarretar uma redução da diversidade genética. Se uma planta já é localmente rara ou está extinta, pode ser necessário ir mais longe para restaurar as populações. O mais importante para o Nicholas é recolher sementes de múltiplas fontes dentro de uma área local, tentando obter o máximo de diversidade genética para aumentar a adaptabilidade às mudanças climáticas. O Nicholas e a sua colega Jan Diprose treinam voluntários para recolherem sementes biodiversas de origem ecológica para distribuição em viveiros locais.

Outro foco do trabalho é manter as plantas saudáveis: os patogenos são astuciosos! Alguns podem até nadar através do solo húmido de uma planta para outra. O Nicholas viu uma pilha de tapetes de parques infantis em borracha usados na oficina do seu pai – e teve uma ideia. Após feito um acordo com o município local, os tapetes usados são agora dirigidos não para o aterro sanitário, mas para o viveiro, onde servem como um suporte para as plantas, com elevada drenagem e facilidade de transporte, e através do qual a água e o solo podem passar, reduzindo significativamente a probabilidade de qualquer planta doente infetar o resto do viveiro.

O Nicholas e a Jan foram finalistas na categoria Inovação pelo seu trabalho no Projecto de Viveiros Comunitários no Prémio de Conservação do Município de Auckland 2021. Parabéns e continuem com o bom trabalho!

Fotos: Nicholas Mayne