A black weed bag of composted weeds, garden sieve for grading compost, and a bag of potting mix

Inovação em Auckland: cultivar plantas saudáveis e biodiversas e manter os parques infantis fora dos aterros sanitários

O Nicholas Mayne é um voluntário d’A Rocha Auckland e uma das duas pessoas que gerem os viveiros comunitários na Rede Ecológica do Alto Waitematā. As inovações abundam: manter as plantas saudáveis reutilizando tapetes de parques infantis, transformar os resíduos vegetais em composto vegetal e promover a recolha ecológica de sementes biodiversas.

O viveiro comunitário Unsworth Reserve, na costa norte de Auckland é um frenesim de atividade. O Nicholas pode estar a plantar árvores nativas ou a peneirar manualmente o composto orgânico para separar a mistura e remover quaisquer caules restantes. O processo produz um solo bastante rico e inclui muitas vezes um tesouro escondido: sementes nativas, que o Nicholas recolhe cuidadosamente.

A proveniência e a genética das sementes são fundamentais. O eco-sourcing é a filosofia do cultivo de plantas nativas da mesma região ecológica em que serão plantadas. O Nicholas segue este princípio, mas nota as suas limitações: as sementes que se encontram à venda são frequentemente colhidas da fonte mais fácil, o que pode acarretar uma redução da diversidade genética. Se uma planta já é localmente rara ou está extinta, pode ser necessário ir mais longe para restaurar as populações. O mais importante para o Nicholas é recolher sementes de múltiplas fontes dentro de uma área local, tentando obter o máximo de diversidade genética para aumentar a adaptabilidade às mudanças climáticas. O Nicholas e a sua colega Jan Diprose treinam voluntários para recolherem sementes biodiversas de origem ecológica para distribuição em viveiros locais.

Outro foco do trabalho é manter as plantas saudáveis: os patogenos são astuciosos! Alguns podem até nadar através do solo húmido de uma planta para outra. O Nicholas viu uma pilha de tapetes de parques infantis em borracha usados na oficina do seu pai – e teve uma ideia. Após feito um acordo com o município local, os tapetes usados são agora dirigidos não para o aterro sanitário, mas para o viveiro, onde servem como um suporte para as plantas, com elevada drenagem e facilidade de transporte, e através do qual a água e o solo podem passar, reduzindo significativamente a probabilidade de qualquer planta doente infetar o resto do viveiro.

O Nicholas e a Jan foram finalistas na categoria Inovação pelo seu trabalho no Projecto de Viveiros Comunitários no Prémio de Conservação do Município de Auckland 2021. Parabéns e continuem com o bom trabalho!

Fotos: Nicholas Mayne