The ‘warming stripe’ graphic published by Ed Hawkins from the University of Reading, portrays the long-term increase of average global temperature from 1850 (left side of graphic) to 2018 (right side of graphic).

A resposta d’A Rocha Internacional ao último relatório do IPCC

O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) apresentou a parte final do seu sexto relatório de avaliação (em inglês) a 20 de março de 2023. Esta é a avaliação mais integrada e acessível da década sobre os fatores, impactos e soluções em matéria de alterações climáticas.

O relatório demonstra a realidade devastadora e os riscos colocados pela crise climática, tais como escassez de alimentos, mortalidade humana e animal devido ao calor e humidade, e perda de habitats e espécies. Não há uma, mas sim três crises globais: perda de biodiversidade, alterações climáticas, e pobreza e desigualdade. Cada uma destas três crises tem um impacto negativo sobre as outras duas.

O relatório faz uma leitura sóbria mas mantém a esperança, e tem sido dito que oferece um “guia de sobrevivência para a humanidade face às alterações climáticas”. Inclui opções múltiplas, viáveis e eficazes que permitem reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e adaptarmo-nos às alterações climáticas causadas pelo homem. Nunca estivemos tão bem equipados para resolver o desafio climático. Temos aquilo a que Achim Steiner, Administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, chama uma “janela de oportunidade a fechar rapidamente”, mas se agirmos agora, ainda podemos assegurar um futuro viável e sustentável para todos.

No entanto, é surpreendente que o IPCC tenha listado a energia hidroeléctrica como um instrumento para combater as alterações climáticas. Precisamos que as ferramentas para combater as alterações climáticas sejam aquelas que não exacerbam outros problemas, tais como a perda de biodiversidade e os meios de subsistência das populações ribeirinhas.

Na COP27 em Sharm el-Sheikh, vários países tentaram (em vão) fazer com que a ONU concordasse em eliminar gradualmente o petróleo e o gás, bem como o carvão. Esta questão não vai desaparecer, com a UE agora a apoiar abertamente tal medida. Este relatório do IPCC será central para a COP28, quando os países se reunirem novamente no Dubai, no final deste ano.

Durante 40 anos, a abordagem integrada d’A Rocha à conservação levou-nos a procurar formas de interdependência saudável entre as paisagens e os seus habitantes, seja através dos meios de subsistência criados pelo processamento de carité no norte do Gana, do ecoturismo nas florestas costeiras do Quénia, que suporta os custos escolares das crianças locais, ou das comunidades na Índia que aprendem a viver pacificamente com os elefantes. Acreditamos que Deus criou o mundo para ser um lar seguro para todos os seres vivos e temos visto essa verdade na prática no nosso trabalho em seis continentes.

Estamos empenhados com os locais, pessoas e espécies que trabalhamos para proteger e restaurar em todo o mundo. Reconhecemos também que não carregamos o peso total da sua sobrevivência. Os nossos esforços são inadequados, mas o amor e a fidelidade de Deus por tudo o que Ele fez permite-nos manter a esperançosos de que a história ainda não terminou.

Para mais informações e análise mais aprofundada, recomendamos os seguintes artigos e curtas-metragens: (em inglês)

Prof. Katharine Hayhoe: What is the IPCC Synthesis Report for the 6th Assessment

IPCC Synthesis Report: UN Climate Report 5 Facts

Simon Lewis em The Guardian: The IPCC’s climate report has drawn the battle lines for COP28: oil profits or a liveable future

Le Monde: IPCC Report: Humanity still has the means to act on the Climate

Synchronicity Earth: The myth of green hydropower

BBC: Five things we’ve learned from UN climate report

Imagem: O gráfico “riscas de aquecimento” publicado por Ed Hawkins da Universidade de Reading, retrata o aumento da temperatura média global de 1850 (à esquerdo no gráfico) até 2018 (à direita). (CC BY 4.0)

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Eco Igreja em ação

 No século XVI, a freira espanhola Teresa de Ávila escreveu: “Teus são os pés com que Ele caminha para fazer o bem, tuas são as mãos com que Ele abençoa todo o mundo”. Nós, a Igreja, somos o corpo de Cristo. Através do projeto Eco Church (Eco Igrejas) d’A Rocha Reino Unido, o mundo natural está a ser abençoado de grandes e pequenas formas em Inglaterra e no País de Gales.

As igrejas podem fazer um questionário online sobre as ações nas áreas de adoração e ensino, gestão de edifícios da igreja, gestão de terrenos da igreja, envolvimento comunitário e global e estilo de vida. Cada ação que empreendem recebe pontos – e pontos suficientes dão-lhes um prémio. E mais importante: cada ação é uma expressão do amor de Deus pelo mundo.

A igreja St Paul’s Marylebone está a adicionar plantas mais altas ao seu espaço exterior para aumentar a biodiversidade, e criou uma poça artificial para fornecer água às aves e outros animais selvagens. A Christ Church em Higher Bebington há anos que faz renovações nos seus edifícios, plantou um pomar e um prado de flores silvestres e criou um trilho florestal e lagos nas suas terras. A Igreja Metodista de Hathersage mudou toda a iluminação do seu edifício para lâmpadas LED e criou pequenos santuários para a vida selvagem na propriedade da igreja através de caixas-ninho, hotéis para insetos e de rewilding: deixar áreas para que o ecossistema recupere por si mesmo. Organizam regularmente no salão da igreja um Café de Reparação (onde as pessoas podem trazer coisas estragadas para serem reparadas em conjunto) e lançaram um grupo de voluntários para manter o parque florestal ao lado da igreja. A Glossop Parish Church instalou caixas-ninho, hotéis para insetos e para ouriços-cacheiros, e deixou de aparar as sebes durante nidificação das aves. A Igreja Metodista de Lindley partilha dicas de estilo de vida sustentável nos boletins semanais da igreja, melhorou a eficiência do aquecimento e iluminação do edifício da igreja e está a instalar sistemas de recolha de água da chuva.

Cada igreja que participa no programa Eco Church participa na bênção de Deus a este mundo que Ele ama e exemplifica à comunidade em que está inserida o que significa fé em ação.

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Porque deve a igreja cuidar da criação de Deus?

Numa nova curta-metragem d’A Rocha (em inglês), exploramos a relação entre a igreja e o ambiente e vemos como Deus está a chamar a igreja para cuidar da sua criação.

O que tem a igreja a ver com o cuidado da criação e porque devemos nós cuidar da criação de Deus? Primeiro, porque Deus nos pede que nos preocupemos com ela. No princípio, Deus criou os céus e a terra. Deus fez-nos parte desta criação, e Génesis 2:15 diz-nos que Deus colocou a humanidade no jardim para nele trabalhar e para o guardar.

Segundo, porque Deus nos chama a amar o nosso próximo (Marcos 12:31), especialmente os mais frágeis e vulneráveis. A degradação ambiental tem consequências graves – tais como alterações climáticas, perda de biodiversidade e poluição – que afetam de forma desproporcional as populações vulneráveis. Como seguidores de Cristo, somos chamados a amar o nosso próximo e a procurar justiça e misericórdia para todos. Isto significa que precisamos de cuidar da terra, do mar, do ar e de tudo o que nele existe – do qual dependemos todos nós e o nosso próximo.

Terceiro, porque Jesus é o Senhor. Podemos partilhar e mostrar o seu Senhorio cuidando deste mundo que ele criou. O mundo pertence ao Senhor, com tudo o que nele existe (Salmo 24:1). Deus nunca deixou nem abandonou o que Ele fez. Em vez disso, Deus tornou-se Emanuel – Deus connosco. A nossa desolação é também a desolação da terra, e foi pelo seua amor ao mundo inteiro que Deus enviou o seu filho (João 3:16).

Nós, a igreja, podemos colaborar lado a lado com Deus no trabalho que Ele já está a fazer para sustentar e redimir toda a criação.

Encorajamo-lo(a) a partilhar este filme com a sua igreja, grupo de estudo bíblico ou grupo familiar. “Why should the church care for God’s creation?” está disponível no canal d’A Rocha no Vimeo. Pode saber mais sobre os recursos d’A Rocha para cuidar da criação ou sobre como apoiar A Rocha como Igreja Parceira em www.arocha.org/church-partners (em inglês).

JSBD

O John Stott Memorial Birding Day está de volta!

A Rocha está a organizar uma terceira corrida mundial de observação aves em honra do nosso grande amigo e apoiante: o teólogo, pastor e observador de aves John Stott. Marque já o dia 13 de maio no seu calendário e reúna uma equipa para tentar registar o maior número possível de espécies de aves em 24 horas.

Também pode participar no dia entrando no nosso concurso de fotografia ou utilizando o nosso guia de retiro espiritual com tema de pássaros. Visite www.johnstottbirdingday.com para mais informações e junte-se ao animado grupo no Facebook.

O John Stott Birding Day está planeado para coincidir com o Global Big Day do eBird. Ao juntarmos as nossas listas ao eBird, estamos a contribuir para uma vasta e livremente acessível riqueza de informação, que pode informar as abordagens à conservação. Em 2022, os participantes no John Stott Birding Day, em 19 países, registaram uma incrível quantidade de 1.000 espécies! Vamos ver se conseguimos fazer ainda melhor este ano.

Utilize estas imagens nos seus posts nas redes sociais para que todos saibam que está a participar!

Option 2 - StoryMap photo

StoryMaps: um novo instrumento de comunicação para a conservação marinha

Este ano, os estagiários d’A Rocha EUA têm estado muito ocupados, com certificações de mergulho, monitorização de caranguejos-ferradura, estudos de biodiversidade, investigação de plástico marinho, apresentação de artigos científicos, comunicação científica e muito mais. Parte do seu estágio inclui a comunicação dos resultados do seu trabalho através de multimédia. Realizaram um StoryMap: uma atraente aplicação web que conta uma história através de texto, mapas, fotografias, vídeos e outros conteúdos.

Este primeiro StoryMap produzido pelos estagiários d’A Rocha EUA – Allison Cutting, Nicholas Davis e Michaela Stenerson – explora os habitats de água doce da Florida e o seu papel no ecossistema da Florida. O StoryMap mergulha em três locais específicos: Blue Springs, Wekiwa Springs e Alexander Springs.

Blue Springs é um dos melhores locais na Florida para ver o peixe-boi-marinho ou manatim-das-caraíbas Trichechus manatus. É um refúgio protegido para os manatins, que durante o inverno ali procuram o calor vindos das águas mais frias dos locais circundantes. Para além do peixe-boi, a nascente alberga peixes como o peixe-jacaré Atractosteus spatula, tilápia-do-nilo Oreochromis niloticus e várias espécies de cascudos (família Loricariidae).

Wekiwa é o território ancestral do povo Seminole e de vários animais, incluindo tartarugas, peixes e lontras. Tem sido gerido como um Parque Estatal desde 1969 e é uma grande atração turística no centro da Florida, atraindo centenas de milhares de turistas e de habitantes locais todos os anos.

Alexander Springs está localizada dentro do Parque Alexander Springs e é utilizada para várias atividades recreativas, especialmente mergulho autónomo e mergulho livre. A nascente debita mais de 300.000 m³ de água por dia e mantém uma temperatura constante de 22℃ durante todo o ano, fornecendo habitat para um grande número de espécies, incluindo o “bluegill” Lepomis macrochirus, achigã Micropterus salmoides, tartarugas-de-pântano-oriental Kinosternon subrubrum, aligátor-americano Alligator mississippiensis e lontra-norte-americana Lontra canadensis.

Os StoryMaps ajudam-nos a partilhar a beleza e a importância ecológica de locais como as nascentes da Florida. Clique aqui para explorar o StoryMap d’A Rocha EUA sobre estes habitats especiais e o que pode fazer para o ajudar a protegê-los. Estamos ansiosos por ver mais StoryMaps do programa de Conservação Marinha dos EUA, já que utilizam multimédia para tornar as histórias de conservação mais acessíveis e envolventes para novos públicos.

GBIF

Digitalização de dados para ajudar a conservar as florestas africanas

A biodiversidade é a variedade de vida neste planeta. É essencial para sustentar os complexos ecossistemas que nos fornecem alimento, combustível, saúde, riqueza e outros serviços vitais. Para além de tudo isto, a biodiversidade é valiosa simplesmente em si mesma, pelo puro espanto e admiração que nos suscitam. O conhecimento da biodiversidade aumenta a nossa compreensão das espécies e do estado dos ecossistemas onde vivem. Esta informação é relevante para decidir que ações baseadas em factos (investigação) devem informar os resultados (políticas e decisões) para que os ecossistemas possam prosperar e apoiar a subsistência humana.

Surpreendentemente, uma riqueza de dados permanece inacessível em relatórios, cadernos e coleções, os quais, se digitalizados e publicados através de plataformas online como o GBIF: Global Biodiversity Information Facility, podem ser utilizados para informar a tomada de decisões. O GBIF é uma base de dados que fornece dados de biodiversidade de acesso livre e gratuito de todo o mundo a qualquer pessoa, em qualquer lugar.

Por estas razões, nos últimos dois anos, 11 organizações do Quénia, Uganda, Nigéria e Gana trabalharam em colaboração para mobilizar, partilhar e utilizar dados de biodiversidade para ajudar na conservação de quatro paisagens florestais africanas.[1]

Até agora, publicámos mais de 40 conjuntos de dados das florestas de Atewa no Gana, das florestas de Kwande e Oban-Liku na Nigéria, de West Bugwe no Uganda e das florestas costeiras e kayas (florestas sagradas) do Quénia – todas de importância internacional para a conservação. Os conjuntos de dados estão agora a ser convertidos em produtos informativos úteis, tais como listas de verificação de espécies e pósteres da Lista Vermelha da IUCN. À medida que o projeto chega ao fim, estes resultados serão partilhados com as partes interessadas relevantes (gestores de conservação, instituições governamentais, escolas, comunidades locais e o público) que colocarão os dados em bom uso: planeamento e desenvolvimento da conservação, educação, investigação e angariação de fundos, turismo e relatórios sobre estas paisagens tão importantes, que detêm uma biodiversidade significativa. Os dados fazem a diferença!

Veja a apresentação aqui (PDF)

[1] Este projecto regional, intitulado Raising the profile of data for the conservation of four African landscapes, está sob a alçada do programa Biodiversity Information for Development e é financiado pela JRS Biodiversity Foundation. No Quénia, as organizações envolvidas incluem A Rocha Quénia, National Museums of Kenya, Wildlife Research Training Institute e African Butterfly Research Institute. No Uganda: A Rocha Uganda e National Forest Authority. Na Nigéria: Eden Creation Care Initiative (A Rocha na Nigéria) e A. P Leventis Ornithological Research Institute. No Gana: Council for Scientific Industrial Research- Food Research Institute. A Rocha Internacional prestou apoio técnico ao projeto.

Coisas pequenas com grande impacto

Apresentando Small, a última proposta da nossa série Elements of Hope. Este vídeo curto e inspirador destaca o poder dos pequenos esforços, lembrando-nos que mesmo as ações mais pequenas podem ter um impacto significativo.

Desde os pequenos começos da conservação da floresta ameaçada de Dakatcha no Quénia até à beleza e criatividade em cada detalhe da criação de Deus, Small encoraja-nos a ter esperança e a não nos desencorajarmos com a pequenez de quem somos ou do que podemos fazer.

Junte-se a nós para ver Small e inspire-se para dar passos pequenos, mas significativos, em cuidar da criação. Partilhe-o com a sua igreja, escola, grupo de estudo bíblico ou grupo de jovens e veja como Deus usa as vossas pequenas ações para o seu Reino. Criámos este guia de discussão (em inglês) que esperamos vos ajude a abordar o tema do filme em conjunto. Descarregue aqui o vídeo do nosso canal no Vimeo e diga-nos como o está a partilhar com a sua comunidade!

Ōi burrow scoping

Ōi contra ventos e marés

Foi com alegria que, no final de 2022, A Rocha Aotearoa Nova Zelândia viu 12 crias de Ōi, ou petrel-de-cara-cinzenta, saírem dos seus ninhos em Karioi!

Historicamente, milhares de aves marinhas afluíam às praias, florestas costeiras, e às encostas do Monte Karioi para criar os seus filhotes, mas agora só resta um pequeno remanescente. Quando A Rocha se juntou pela primeira vez ao projeto de restauração comunitária na montanha em parceria com a comunidade de Whāingaroa, encontraram apenas uma dúzia ou mais de tocas de Ōi, com cascas de ovos partidas ou crias mortas. Todos os anos, os casais adultos regressavam a Karioi para procriar, apenas para encontrar as suas tocas devassadas por espécies invasoras e trem que competir pelo habitat. Cada par reprodutor faz uma postura de um único ovo no inverno, que é incubado durante cerca de 55 dias até à eclosão, mas só no verão é que as crias de Ōi saem do ninho. Este tempo alargado torna os ovos e as crias de Ōi muito vulneráveis a predadores como ratazanas, furões, arminhos, gambás e gatos assilvestrados.

Para melhorar as probabilidades de reprodução destas aves, A Rocha iniciou um programa intensivo de longo prazo de controlo de predadores ao longo da costa de Whāingaroa e especificamente em Karioi. Também monitorizam as tocas de Ōi durante a época de reprodução, quando os casais adultos regressam para pôr um único ovo. A procura de tocas pode ser como procurar uma agulha num palheiro, por isso Miro, o cão especialmente treinado para detetar aves marinhas, ajuda a localizar tocas novas e em uso. Cada semana, uma equipa dedicada de “amigos da toca” visita as tocas para avaliar a atividade e responder a ameaças de predadores. Além disso, todos os anos A Rocha instala câmaras de vigilância perto das tocas, que possibilitam uma visão próxima das atividades diárias (e noturnas) dos Ōi.

 

Durante a época de reprodução de 2022, a equipa de Karioi monitorizou 63 tocas. Infelizmente, algumas crias de Ōi foram perdidos devido a incursões de arminhos, mas mesmo assim esta foi a época de reprodução mais bem sucedida! Com 12 aves fora do ninho por altura do Natal, a época marcou um recorde desde as primeiras sete crias em 2017.

Graças à monitorização a longo prazo e ao controlo intensivo dos predadores, 47 juvenis de Ōi foram criados em Karioi nos últimos seis anos! Este resultado é um testemunho para uma comunidade que se uniu e fez uma verdadeira diferença para uma espécie de ave vulnerável e um ecossistema ameaçado.

Clique aqui para ver imagens espantosas das câmaras de vigilância mostrando juvenis de Ōi a abrirem as asas e a prepararem-se para se lançarem à vida no mar. Estas aves regressarão à mesma costa dentro de cinco ou seis anos para criarem os seus próprios pintos.

Top-story-3_Peru

Uma cozinha verdadeiramente comunitária

No final de 2021, A Rocha Peru iniciou uma parceria com o Pastor José Guzmán da Iglesia Casa de Oración em Pacasmayo, no norte do Peru, para desenvolver uma cozinha comunitária que a igreja tinha iniciado. Localizada numa comunidade pobre no deserto, a cozinha comunitária de Micaela Bastidas de San Demetrio enfrentava o desafio de melhorar as suas modestas instalações. Em resposta, A Rocha Peru instalou uma cozinha ecológica para maior auto-suficiência, montou uma horta orgânica e um espaço para a criação de pequenos animais, e introduziu atividades de educação ambiental.

A colaboração provou ser um catalisador significativo que inspirou o governo local e as empresas a envolverem-se e complementarem este trabalho, desenvolvendo a estrutura do edifício, melhorando a cozinha e fornecendo uma cisterna de água. Através destes esforços combinados, a cozinha comunitária de Micaela Bastidas de San Demetrio foi transformada num centro comunitário dirigido por mulheres locais empenhadas em preparar e servir diariamente refeições nutritivas a 28 famílias, num total de 120 adultos e crianças.

Em Outubro de 2022, a Diretora de Operações Internacionais d’A Rocha Internacional, Sarah French, e o Director Executivo d’A Rocha Peru, Ramón Casana, tiveram o prazer de receber uma visita guiada ao centro comunitário. As mulheres locais serviram-lhes uma deliciosa refeição como um exemplo do seu trabalho e uma prova do seu apreço por A Rocha. Este exemplo inspirador de trabalho comunitário mostra o impacto multiplicador que A Rocha Peru está a ter nas comunidades que serve.

Friends-of

Fazer amigos na América Central

Por todo o mundo, os cristãos estão a juntar-se para cuidar da criação – e A Rocha está a dar uma mãozinha através da Rede dos Amigos d’A Rocha. Os membros da Rede são grupos e organizações, liderados por cristãos empenhados, que levam a cabo ações de conservação da biodiversidade e estão interessados em partilhar e aprender com grupos semelhantes em todo o mundo.

Para saber mais sobre os Amigos atuais e saber se o seu grupo se pode candidatar, consulte a página Amigos. Entretanto, conheça os nossos dois membros mais recentes:

Casa Adobe é uma comunidade cristã intencional com raízes em Santa Rosa, Província de Heredia, Costa Rica. Nasceu em 2013, quando pessoas de diferentes contextos e culturas se juntaram com um objectivo comum: ser bons vizinhos. A Casa Adobe procura promover o desenvolvimento humano integral, facilitar o intercâmbio cultural entre pessoas de diferentes contextos, cuidar do ambiente e estimular a sua proteção.

As suas actividades ambientais actuais incluem um projecto de compostagem da comunidade local e um plano para recuperar um dos «vizinhos» mais negligenciados da Casa Adobe: o rio Virilla. O Virilla desce da sua nascente nas florestas nubladas através de áreas densamente povoadas onde é afectado por esgotos, lixo e floresta ribeirinha degradada. A Casa Adobe está a envolver a comunidade novamente com o rio e a estabelecer ligação com outras partes interessadas.

Huellas Panamá (que significa «pegadas») nasceu em 2018 como um projecto em Kuna Nega, um povoado indígena fortemente afectado pela operação de Cerro Patacón, um dos principais aterros sanitários no Panamá. O projecto original aumentou a consciência ambiental na comunidade através da igreja comunitária e da criação de um ponto de recolha de resíduos.

Huellas Panamá está agora a criar uma Academia Virtual online para promover a teologia dos cuidados de criação e hábitos de consumo mais sábios; apoiar a reciclagem como podem (não há recolha de reciclagem no Panamá!) e a limpeza do lixo; e desenvolver um Programa de Excursões Ecológicas para criar oportunidades de amizade, recreação e aprendizagem sobre cuidados com a terra.